domingo, 29 de maio de 2011

Tempos modernos


"Assim caminha a humanidade,com passos de formiga e sem vontade" (Lulu Santos)

Hoje eu assisti ao belo e recomendável filme "Tempos Modernos" de e com Charlie Chaplin. No longa a figura do apelo pelo bem social é bastante notável, pois o Carlitos - protagonista interpretado por Chaplin - passa por péssimos bocados vendo a sociedade em que vive sendo corrompida pela ambição de grandes empresários, que só visam o lucro próprio e esquecem que por trás do simples operário existe um ser humano.O filme é de 1936, e já trata dessa desigualdade entre patrão e subalterno que hoje em dia não é tão diferente.
Os tempos modernos chegaram, e é muito pior do que o filme transmite, até porque as boas doses de humor que há no filme, deixa tudo com um ar mais "respirável". Em pleno século 21 não só o ser humano é agredido, mas todo o planeta é agredido. É como se tudo o que existisse fosse descartável. Usamos o homem, retirando dele tudo o que ele pode nos dar e depois o jogamos de lado, o mesmo acontece com a natureza. E isso é implantado em nossas mentes como se fosse algo correto: manda quem pode obedece quem tem juízo. Percebo na classe operária o grande medo de enfrentar o erro e se acostumar com que é oferecido, mesmo que o oferecido não seja tão bom. O "manda quem pode obedece que tem juízo" deveria ser substituído pelo "somos todos iguais" com funções diferentes, mas iguais.
No final do filme o Carlitos junto com sua "amiga" não se dão bem em nenhum dos empregos que tentam, e seguem em frente. Acho que assim segue todo dia a grande massa, em frente, muitas vezes sem saber para onde vão, mas vão, pois a esperança também segue com cada um, a esperança de um mundo melhor do que o mundo moderno, um mundo fraterno.

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